VI ENEI Minicursos

MINICURSOS – VI ENEI

Número de Vagas: 30 vagas para cada minicurso (inicialmente)

Valor da inscrição: R$ 20,00

Inscrições: De 20/04/2021 até 20/05/2022*

Os formulários de inscrições estarão disponíveis a partir de 20/04/2021 no Sympla.

* Quando chegar ao limite de 30 vagas com pagamentos efetuados, o MINICURSO fecha as inscrições

Minicurso 01: Análise Insumo-Produto – 30/05 e 01/06 – de 18 às 21hrs em cada dia

Formulário de Inscrição: AQUI

Temática:  Uso da Matriz Insumo-Produto em análises de mudanças estruturais nas economias

Contextualização, problematização e justificativa da proposta:

A análise de insumo-produto é um dos métodos mais amplamente aplicados para analisar mudanças estruturais nas economias e impactos de formulação de políticas econômicas, levando em consideração a interdependência de setores e países. Desenvolvido por Wassily Leontief (Prêmio Nobel de Economia 1973) na década de 1930, a análise de insumo-produto recentemente recebeu grande atenção da comunidade acadêmica e dos formuladores de políticas na avaliação das consequências econômicas da pandemia da Covid-19, na análise de impactos ambientais e socioeconômicos do comércio internacional e na investigação do processo de mudança estrutural em economias desenvolvidas e em desenvolvimento.

O objetivo do curso é duplo. Em primeiro lugar, pretende-se introduzir os fundamentos da análise insumo-produto, seus aspectos teóricos e práticos a questões relacionadas à impactos sobre renda, emprego, comércio internacional e meio ambiente. Em segundo lugar, serão apresentados e discutidos desenvolvimentos, extensões e aplicações recentes da análise de insumo-produto para o estudo de questões ambientais.

Tópicos:

1.      Noções básicas de insumo-produto e contabilidade nacional;

2.      Análise de insumo-produto estendida ambientalmente: aspectos teóricos;

3.      Análise de insumo-produto multipaíses

4.      Indicadores sintéticos de insumo-produto e multiplicadores

5.      Análise de decomposição estrutural

6.      Energia, meio ambiente e recursos naturais: aplicações

Coordenação: Grupo de Trabalho em Análise Estrutural (GRTAE-GIC-UFRJ)

Expositores:

Esther Dweck - Professora Associada do Instituto de Economia da UFRJ

Fábio Freitas - Professor Associado do Instituto de Economia da UFRJ

Kaio Vital – Professor Adjunto do Instituto de Economia da UFRJ

Bibliografia Sugerida:

Costa, Kaio Vital; CASTILHO, Marta; PUCHET, Martín. Fragmentación productiva, comercio exterior y complejidad estructural: análisis comparativo del Brasil y México. Revista CEPAL, 2021.

Costa, Kaio Vital. Medindo upgrading estrutural: uma análise a partir de componentes principais. Nova Economia, v. 32, n. 2 (Especial ENEI), forthcoming 2022.

Esther: KREPSKY, Camila Unis. Output Growth and Household Consumption in Brazil from 2000 to 2016: A Structural Decomposition Analysis. Masters diss., Federal University of Rio de Janeiro, 2019.

Esther: Esther Dweck, Carolina Troncoso Baltar, Marília Bassetti Marcato & Camila Unis Krepsky (2022) Labor Market, Distributive Gains and Cumulative Causation: Insights from the Brazilian Economy, Review of Political Economy

Esther: MILLER, Ronald E.; BLAIR, Peter D. Input-output analysis: foundations and extensions. Cambridge university press, 2009.

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Minicurso 02: Tecnologia Social, Inovação e Desenvolvimento Sustentável – 31/05/2022 – 18 às 21hrs

Formulário de Inscrição: AQUI

Temática:  Tecnologia social, inovação social e desenvolvimento sustentável: impulsionando vendas solidárias e sustentáveis

Contextualização, problematização e justificativa da proposta:

O atual e hegemônico modelo de desenvolvimento, ainda que muito eficiente em termos técnico-produtivos e financeiros, se demonstra pouco eficaz no sentido de atender as necessidades básicas da sociedade, como é o caso da alimentação.

De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), em seu Relatório intitulado “The state of food security and nutrition in the world” (2021), em 2020, entre 720 milhões e 811 milhões de pessoas passaram fome no mundo, sendo que, deste total, mais de 118 milhões de pessoas começaram a passar fome em razão da pandemia.

No caso brasileiro, segundo estudo global realizado pela Oxfam (2020), o Brasil se apresenta como o “epicentro emergente da fome extrema”[1]. Por outro lado, contraditoriamente, nosso país é tido como um dos maiores produtores e exportadores de alimentos do mundo, o que indica que o (in)acesso à alimentação saudável se dá mais por uma questão de demanda (baixo poder de compra da maior parte da população), do que de oferta de alimentos, muito embora parcela importante desta produção esteja voltada, fundamentalmente, ao mercado externo.

Tópicos: i) apresentar e refletir sobre os conceitos de inovação social, tecnologia social e sustentabilidade; ii) com foco na questão da alimentação, apresentar experiências reais que conectam tecnologia e inovação sociais com modelos de produção e de comercialização sustentáveis e inclusivos; iii) analisar a contribuição destas experiências para com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS); iv) apresentar outras áreas/setores (educação, habitação, saúde, gestão urbana etc) onde há espaço para a atuação da inovação social com resultados econômicos, sociais e ambientais satisfatórios; e v) sensibilizar para a relevância do surgimento e do fortalecimento de ecossistemas inovadores em prol da inovação social e da sustentabilidade.

Coordenador:   Prof. Dr. Leandro P. Morais – UNESP - Araraquara

Expositores:

Susana Calmon – Diretora da ESCOAR BRASIL – Coworking / Ecossistema de Inovação Social,  localizado no Hub Salvador, Bahia  - https://www.escoarbrasil.com.br/

Karla Uckonn – Gestora do CESOL – Centro Público de Economia Solidária de Salvador, com 3 lojas e vendas virtuais

Debatedor: Prof. Mestre Dayvid Souza - Membro do Laboratório de Inovação Social do Velho Chico – UNEB

Bibliografia Sugerida:

ALVES, F.; DE-CARLI, E.; SEGATTO, A.; FEDATO, A. (2018). Empreendimentos sociais desenvolvidos a partir de tecnologias sociais: perfil empreendedor, motivações, dificuldades e facilidades. Revista de Empreendedorismo e Inovação Sustentáveis, v.3, no. 1, dezembro de 2018. Disponível em: http://revista.isaebrasil.com.br/index.php/EGS/article/view/23/17

MEDEIROS, C.; GALVÃO, C.; CORREIA, S.; GÓMEZ, C.; CASTILHO, L. (2017). Inovação social além da tecnologia social: constructos em discussão. RACE, Joaçaba, v. 16, n. 3, p. 957-982, set./dez. 2017. Disponível em: http://editora.unoesc.edu.br/index.php/race

OLIVEIRA, T.; ADDOR, F.; MAIA, L. (2018). As incubadoras tecnológicas de economia solidária como espaço de desenvolvimento de tecnologias e inovações sociais. In: Revista Tecnologia sociais, Curitiba, v. 14, n. 32, p. 38-59, Ed. Especial. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/326333127_As_incubadoras_tecnologicas_de_economia_solidaria_como_espaco_

de_desenvolvimento_de_tecnologias_e_inovacoes_sociais

[1] https://rdstationstatic.s3.amazonaws.com/cms/files/115321/1579272776200120_Tempo_de_Cuidar_PT-BR_sumario_executivo.pdf

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Minicurso 03: Política Industrial e Desenvolvimento: a estratégia chinesa – 02/06/2022 – 18 às 21hrs

Formulário de Inscrição: AQUI

Temática:  Co-evolução entre as transformações no sistema de C,T&I (e as conseguintes políticas industriais) e àquelas relacionadas à estratégia de desenvolvimento

Contextualização, problematização e justificativa da proposta:

A estratégia de produção é marcada pela coexistência de traços característicos dos diferentes estágios, devido à reprodução e até ao aprofundamento das heterogeneidades em suas diversas dimensões. A tese defendida é que há uma co-evolução entre as transformações no sistema de C,T&I (e as conseguintes políticas industriais) e àquelas relacionadas à estratégia de desenvolvimento. O curso pretende entender essas questões a partir de uma visão histórica da estratégia chinesa.

Tópicos:

As transformações na estratégia de desenvolvimento chinesa

Os desafios e Política Industrial Chinesa

Questões em aberto que transcendem o escopo da Política Industrial

As seis fases da Política Industrial Chinesa: uma taxonomia

O caráter sistêmico da Política Industrial Chinesa

As transformações na dinâmica do aprendizado tecnológico

Guerra Tecnológica, heterogeneidades segundo segmentos

Expositor/coordenador: Antônio Carlos Diegues (IE/Unicamp), José Eduardo Roselino (UFSCar).

Bibliografia Sugerida:

BURLAMAQUI, L. (2020). Schumpeter, the entrepreneurial state and China. UCL Institute for Innovation and Public Purpose, Working Paper Series (IIPP WP 2020-15). Available at: https://www.ucl.ac.uk/bartlett/public-purpose/wp2020-15

DIEGUES, A.C.; ROSELINO, J.E. (2021) Política Industrial, Tecno-nacionalismo e Indústria 4.0: a Guerra Tecnológica entre China e EUA, Revista de Economia Política (Previsão de publicação: 2022), Texto para discussão 401.

NAUGHTON, B. (2021). The rise of China´s industrial policy, 1978-2020, Universidad Nacional Autónoma de México, Facultad de Economia. Capítulo 4, “The Innovation-Driven Development Strategy, 2015-Present”.